segunda-feira, 15 de julho de 2013

Oi! Meu nome é Suzana V. e criei este blog com o único intuito de desabafar, de colocar aqui um pouco de mim. Talvez não será fácil acompanhar meu raciocínio pois as ideias saltam de minha mente e nem sempre eu consigo organizá-las no papel. Os acontecimentos aqui descritos são baseados em fatos reais, na minha vida, no que vive até hoje, mas nem sempre será em ordem cronológica. Quis criar este blog pq sou uma pessoa que sempre gostei de escrever o que sinto, o que penso, o que faço, mas não tenho a mesma facilidade quando necessito desabafar com alguém. Não consigo simplesmente falar o quanto estou triste. É uma parada meio de orgulho misturado com vergonha. Nem sempre fui assim, já fui uma pessoa mais aberta, mas as pessoas usaram tudo o que eu falei contra mim (parece que aconteceu o mesmo com Renato Russo).

 Como já disse, este blog foi criado por mim e para mim, mas caso alguém comece a ler e nao veja uma apresentação pode parecer que sou antipática, o que nem sempre sou.

 Sou de São Paulo, tenho 26 anos, mas moro no Ceará há 16 anos, só, tenho dois irmãos, uma mãe, uma espécie estranha de pai, uma espécie estranha de família, vários vicios (cigarro, internet, livros, café, palavras cruzadas, escrever, ser chata, etc). Um namorado que a gente só vive terminando o namoro (eu sou a culpada, ele é um anjo). Neste momento estou solteira, mais uma briga nossa. O resto aos poucos vcs vao perceber.

 Sou uma pessoa muito dificil de conviver, sou extremamente chata e briguenta. Me estresso com uma facilidade assustadora. As vezes tenho uns ataque de fúria violento. Este é o meu normal. Me envergonho e me entristeço muito por ser assim, mas todas as minhas tentativas de mudança foram em vão.  

 Tive e tenho uma vida muito dificil, mas tenho muita fé em Deus que vá melhorar. Meus pais são alcoolatras. Os dois. Mas o que mais me dói mais é ver minha mãe nesta situação degradante e lastimável. Vcs nao imaginam o quanto é triste pra mim. Era pior ainda qnd eu era criança, que eu chegava em casa e ela tinha vendido tudo e estava completamente embriagada. Pera ai. Tenho que explicar, que vivi até os 10 anos de idade em S.P. , e minha mãe já era alcoolatra, mas era uma coisa bem mais controlada do que era hoje. Até pq tinha meu pai que metia medo nela. Ele batia muito nela. As brigas eram terriveis. Ele ganhava bem, mas gastava tudo com bebida e jogo e era ela quem sustentava a casa trabalhando como empregada doméstica. De repente, ela resolveu se separar e veio pra cá pro Ceará. Aqui é a terra deles. Aqui começou a história de amor dos dois. Meus avós maternos sempre foram contra por meu pai ser envolvido com maconha, o que na época era um bicho de sete cabeça, mas eles se amavam tanto, de uma maneira sobre-humana que resolveram investir um no outro. Meu pai foi pra Sampa. Minha mãe fugiu de casa e foi atras. De repente ela apareceu na porta dele de mala e cuia. E viveram muitos anos num verdadeiro inferno. No meio deste casamento turbulento ela engravidou primeiro de mim. Eles nao me queriam, como fiquei sabendo depois. Tentaram me abortar, mas cm se pode ver, nao deu certo (ah cm eu queria que tivesse dado). Depois foi do meu irmão W.. Ele é lindo. Também tentou abortar. Novamente nao deu certo. E por último de P.. Nao teve tentativa de aborto desta vez. P. sempre foi o prefeirido dela. Nao tiro a razao. Ele é doce e sempre foi companheiro. Ela bebada, vomitando tudo, a gente passando fome por isso, e ele sempre tava ao lado dela. Era como se nao tivesse cortado o cordão umbilical...

 Quando nós chegamos aqui, após a separaçao, eu nao conhecia meus avós e tias. Era tudo novo. Ainda mais por eu ser muito novinha. E desde o primeiro dia, ela resolveu investir na carreira de alcoolatra. Todos os dias ela bebia. Religiosamente. Até a última gota do litro de pinga. E a gente ficava assistindo tudo isso. Vivendo neste antro. Eu me envergonhava tanto. Achava tao feio. Minhas amigas de escola tinha a vida normal, sem pais separados e alccolatras. Tinha uma casa bonita e  gostavam de estar lá. Diferente de mim, que o ultimo lugar que eu queria estar era minha casa. Pq Deus nao me permitiu ter uma vida normal? Pq? Pra ser sincera, até hoje eu me faço essa pergunta. Tudo o que eu sempre quis foi ter uma vida normal, como todo mundo.
 
  Nessa história toda tem uma agravante, minha vó, desde que eu nasci, nunca gostou de mim. Por vários motivos, pq eu era filha de meu pai, por eu ser morena como ele (ela é branca e extremamente racista), e pq simplesmente os "santos nao se cruzaram" desde o primeiro olhar. Entao, resumindo, eu estava e estou só no mundo. Gente, essa história toda me dói tao profundamente que eu nao consigo parar de chorar contando ela. 

 Chegou um dado momento na minha vida que eu nao conseguia mais viver com ela desse jeito e resolvi morar na casa dos outros. Quem quisesse me adotar eu ia. Mas como já comentado, eu nao sou fácil de conviver e nao ficava muito tempo. As vezes voltava pra casa de minha vó ou de minha mãe, pq eu morria de vergonha de dizer que morava na casa dos outros. Foi mais ou menos assim até os 19 anos. Mas tenho sorte numa parte, sempre cativava as pessoas. Elas sempre me admiravam, pela minha força, pela minha inteligencia. De fato, eu era um exemplo. Sempre fui uma das melhores em sala. Eu realmente gostava de estudar. Era um prazer, nao uma obrigação. E foi indo e vindo, de casa em casa, que um dia eu conheci uma de minhas melhores amigas até hoje, J. L. Morei na casa dela um tempão e a familia dela era a que eu escolheria pra ser minha se eu pudesse. Adoro eles. J.L. tinha uma variedade de amigos sem fim. Amigos de todo o tipo, bons, maus, etc. Comecei a ir em festas, aprendi a fumar, a beber, até que me apresentaram a maconha. Comecei a fumar. Fumei por uns 3 anos mais ou menos. Eu gostava da lombra, mas fumava mais pra chamar atenção. J.L. nao curte, mas conhecia quem curtia.


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